Unidades Integradas, que já mostraram que não funcionam, não estão prontas, mas as delegacias já estão sucateadas

27/04/2015 19:36

Unidades Integradas, que já mostraram que não funcionam, não estão prontas, mas as delegacias já estão sucateadas

Fica olhando

Partindo de Nova Mamoré é possível, em tese, chegar a Ariquemes, atravessando um pequeno trecho do Parque Natural de Guajará-Mirim ou até próximo a Jaci-Paraná, passando por União Bandeirantes. Eu disse “em tese” porque chegar a União Bandeirantes através de duas estradas de acesso é praticamente impossível, a não ser que você vá a pé ou esteja em um veículo traçado e contar com muita sorte.

Estradas zero

Desde que assumiu o governo em 2011 que Confúcio e seus assessores não ampliaram em nada a malha viária do Estado. Foi só faz de contas e muito papo-furado. Confúcio, que passou a campanha de 2010 inteira criticando o governo Cassol por “só pensar em estradas”, não levou em consideração que Rondônia é um Estado com perfil agrícola, e que tudo que os produtores precisam é de estradas para escoar produção. O resto eles fazem sozinhos, como sempre fizeram.

O problema

É que o governo passa fazendo promessas e não planeja a execução, e isso atrapalha. Sabendo que não tem estrada, o produtor investe exatamente a medida que ele pode transportar, dentro de suas limitações. Mas aí, chega o governo e diz, “pode ampliar seu investimento, faremos as estradas”. Com essa premissa, o produtor então faz empréstimos, financia equipamentos e a sonhada estrada não chega, ou quando chega, é intransitável.

Por causa disso

Milhares de famílias estão sofrendo com o descaso e a falta de planejamento. Crianças estão sem ir a escola porque os ônibus não trafegam por essas estradas e produções estão se perdendo, principalmente as mais perecíveis, como leite. Na última sexta-feira, o caminhão que recolhe o leite na região ficou mais de 5 horas atolado e só conseguiu sair com a ajuda de um trator.

Mas, e o DER?

Pois é, comandado durante anos pelo quase ex-deputado federal Lúcio Mosquini, o órgão só serviu de plataforma eleitoral. Criaram um tal de “Mão Amiga” que passou a asfaltar bairros nas cidades, esquecendo que isso é uma política municipal. Abandonaram completamente as estradas e o asfalto feito nas cidades, já está desmanchando, graças a péssima qualidade dos serviços. Não conseguiu concluir nenhum serviço integralmente. Até mesmo em Porto Velho, quando em um ato de pura bravata anunciou que “concluiria a Rua da Beira”, provou não ter passado de balela. O serviço foi feito pela metade, assim como todos os demais. Um estelionato eleitoral.

Mais descaso

Em Jacy-Paraná o então prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho (aquele que encerrou o mandato laconicamente após ter sido preso) decidiu que era preciso enterrar uma pequena fortuna no distrito, e assim foi feito. Aproveitando que as burras das usinas estavam abertas, resolveu que a população precisava de uma praça, uma praia artificial e um centro administrativo. E assim foram jogados fora R$ 3,8 milhões, e o distrito segue a vida normalmente. Mas sem a praça, sem a praia e sem o centro administrativo. Com a enchente, causada pelas usinas, foi tudo literalmente por água abaixo. O cenário é desolador, de escombros abandonados às margens da rodovia.

Falta planejar

Há tempos falamos sobre isso na coluna. Os políticos de Rondônia lembram aqueles cachorros que correm atrás do carro que vai passando. Quando alcançam, não sabem o que fazer. Falta planejamento, a curto, médio e longo prazo. Se alguém iniciou algo, que o próximo dê continuidade. Vínhamos em um processo de crescimento, com investimentos na piscicultura, estradas sendo asfaltadas e outras em processo de pavimentação. Confúcio, ao invés de dar continuidade, esculachou geral. Projetos foram encerrados e o Estado virou uma imensa máquina de gastar dinheiro sem retorno. Pior, ainda nos endividamos.

O mesmo cenário

Se repete na capital e em diversos municípios. A população sofre com essa baderna generalizada e revanchismo político. Bons projetos são deixados de lado simplesmente porque foram criados em gestões anteriores. O caso mais grave foi o do ex-prefeito Roberto Sobrinho, que poderia ter resolvido praticamente todos os problemas crônicos de Porto Velho, mas se deixou levar por vaidades, aliada a sua total falta de preparo e com isso agravou os problemas. A capital de Rondônia continua como era nos anos 80, uma imensa currutela enlameada e esburacada. Só que maior e mais violenta. E Nazif, com sua lerdeza habitual, não consegue avançar um palmo, agravando ainda mais a situação.

E para piorar

Temos um governo de Estado que não se encontra, mas quer meter o bedelho em questões municipais ao invés de resolver questões primordiais que são de sua competência, como a segurança pública. Porto Velho contava com 8 delegacias que dividiam a cidade em zonas. Cada uma delas era responsável por uma área. Já estavam sub-dimensionadas, mas mesmo assim, funcionavam. Mas Confúcio e seus assessores acharam que poderiam piorar ainda mais, e assim fizeram. Criaram as tais Unidades Integradas de Segurança Pública (UNISP). Apenas uma funciona (?) na Avenida Amazonas com Guaporé, onde era o antigo 5º DP. E não funciona integrada.

A idéia

É reduzir de 8 para 4 a quantidade de delegacias. A 1ª Unisp  vai absorver o 1ª e 3ª DP’s, a 2ªUnisp (2ª e 5ª DP), 3ªUnisp (4ª e 7ªDP’s) e 4ªUnisp (6ª e 8ª DP’s). Por causa desse plano desmiolado, as delegacias estão caindo aos pedaços. No momento que a cidade atravessa uma grave crise na segurança pública, algum gênio decidiu que tinha delegacia demais na capital.

https://painelpolitico.com/coluna-governo-vai-reduzir-em-50-a-quantidade-de-delegacias-na-capital/

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